O compliance em exagero, e como isso é danoso às práticas efetivas.
Muito se fala em conformidade, ou compliance, hoje.
No entanto, a maioria das empresas acabam por tratar o compliance como algo aquém do inescapável, quase como sendo um parâmetro de gargalos para evitar qualquer tipo de possibilidade de suspeição de crimes, como a temível lavagem de dinheiro.
Excesso de compliance é tema abordado pelo Gafi
O Grupo de Ação Financeira Internacional (Gafi) — um órgão intergovernamental criado em 1989, durante a reunião do G7, em Paris — já comentou sobre o compliance excessivo, de tal forma que incentiva a parcimônia ao aplicar processos de conformidade.
Segundo o próprio órgão, a maioria dos processos visam exclusivamente evitar os riscos de non-compliance, de forma tão intensa que acabam por gerar más práticas. O argumento central do Gafi é que empresas passaram a não ter capacidade, ou disposição, de gerir os riscos de non-compliance em favor de um melhor resultado de conformidade.
Na verdade, a falta de compliance é gerada a partir da má gestão muito mais frequentemente do que da evasão dos riscos. Assim, a boa capacidade de se inserir em operações arriscadas, mas mantendo a atenção para com riscos, enquanto executa aquilo que é necessário, é a marca de uma boa interação ou transação.
Por isso, o Gafi reforça recomendações com o intuito de desincentivar a desbancarização, mantendo-se longe de canais informais para realizar as operações financeiras. O compliance é uma ferramenta extremamente necessária às empresas, porém apenas quando bem utilizada.
Compliance e recomendações para ele, segundo a Gafi
Aos mais capacitados tecnicamente, é possível compreender o argumento total por meio do relatório de nome “High-level synopsis of the stocktake of the unintended consequences of the FATF Standards”, onde estão delineados todos os pontos comentados aqui, além de muitos outros.
Este, que contempla também o ponto de vista de quem é alvo de processos de compliance — ainda que indevidamente — delineia uma série de situações danosas a estes indivíduos. Assim, sob a mira da caça à improbidade, eles acabam sendo efetivamente excluídos da livre operação em seu próprio mercado. Isto vale tanto patrimonialmente, quanto individualmente!
O “de-risking”, ou seja, a eliminação de riscos preemptiva feita em excesso, acaba por ser uma faceta detrimental à eficiência e à própria operação da empresa. A Gafi recomenda que seja realizada a aderência às normas de compliance com foco na gestão de risco, não na total eliminação deste.
Portanto, a eliminação total do risco, segundo a perspectiva do órgão, é ideia que se configura como surreal, senão totalmente imprudente, por interferir em suas operações de forma direta.
É preciso aceitar o risco, mas realizar as suas transações de forma que todas as partes envolvidas — ou seja, bancos e instituições financeiras — também estejam cientes da ameaça, mantendo todo trâmite à luz da lei.
A resposta é assessoria mais atenciosa
Muitas vezes, a assessoria de compliance se posiciona contra os argumentos apresentados pela Gafi, distribuindo regras, papéis e procedimentos dos quais é mais possível que se produzam falhas do que resultados.
Para isso, há vários motivos envolvidos. Um, por exemplo, é a alta incompreensibilidade de tamanha pilha de regras, procedimentos e monitoramentos, que acabam por gerar erros, falhas de comunicação graves e até dificuldade de realizar operações e realizar os negócios em ritmo saudável.
Por isso, recomendamos a você que busque uma assessoria comprometida em gerir os riscos de maneira eficiente — que não interrompa as atividades, não faça a comunicação cair e não delimite meios informais para realizar transações financeiras.
Entre em contato conosco, nós podemos fornecer a você um serviço completo na área de compliance — além do treinamento interno e desenvolvimento de políticas saudáveis para o compliance!